Comunidades da Vila Andrade contrastam com o luxo de mansões do Panamby, na Zona Sul de SP — Foto: C
Comunidades da Vila Andrade contrastam com o luxo de mansões do Panamby, na Zona Sul de SP — Foto: C

Desigualdade Social: Fortuna dos Bilionários Já Seria Suficiente Para Acabar com a Pobreza Global 22 Vezes

Enquanto mais de 3 bilhões de pessoas sobrevivem com o equivalente a R$ 45 por dia, a concentração de riqueza no topo atinge patamares históricos. Segundo um relatório internacional, o valor acumulado pelas maiores fortunas do mundo seria suficiente para acabar com toda a pobreza do planeta 22 vezes.


Para se ter uma ideia do contraste, a população que vive em situação de pobreza é maior do que a soma dos habitantes da China, Índia e Estados Unidos — os três países mais populosos do mundo.


Na outra ponta, o levantamento mostra que a riqueza dos 3 mil bilionários mais ricos do planeta cresceu o equivalente a R$ 35 trilhões nos últimos dez anos. Essa cifra representa 15% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) global.


O ritmo de crescimento da riqueza privada também chama atenção: a fortuna acumulada por indivíduos avançou 8 vezes mais rápido do que o patrimônio público. Entre 1995 e 2023, a riqueza privada saltou quase R$ 2 quatrilhões, enquanto os ativos públicos dos governos aumentaram R$ 240 trilhões.


Além da desigualdade econômica, o relatório aponta um cenário preocupante em relação ao combate à pobreza e à fome. Os países do G7, bloco que reúne as maiores potências econômicas do mundo, planejam reduzir em 28% os repasses para ajuda humanitária até o próximo ano. As projeções apontam que esses cortes podem resultar em 2,9 milhões de mortes nos próximos cinco anos, agravando ainda mais as desigualdades.


O relatório reforça que o crescimento da fortuna de poucos, combinado ao enfraquecimento das políticas públicas e à redução do apoio humanitário, contribui para o aumento das distâncias sociais e econômicas em escala global.

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Redação GNMT