Disputa familiar em Rondonópolis termina com polícia na porta: mãe e bisavó travam conflito pela guarda de criança de 5 anos

Uma mãe é impedida de buscar o filho para uma viagem após a bisavó alegar suspeita de agressão; caso envolve Conselho Tutelar e Polícia Civil, mas não foi registrado boletim. Cena ocorreu na noite desta terça-feira (2), no Jardim Belo Horizonte.

Um cenário de tensão familiar mobilizou a Polícia Militar na noite desta terça-feira (2), no bairro Jardim Belo Horizonte, em Rondonópolis-MT. Uma mãe, que precisava buscar o filho de 5 anos para viajar na manhã seguinte, se viu diante de um portão trancado e da recusa da bisavó da criança em entregar o menino. O caso, que mistura disputa de guarda e acusações de agressão, precisou da intervenção de uma guarnição.

De acordo com o relato feito pela mãe à PM, ela teria a guarda do filho, que alterna períodos entre sua casa e a da bisavó. Ao chegar para buscá-lo para a viagem, encontrou o portão fechado e ouviu da idosa que a criança não sairia. Diante do impasse, acionou a polícia.

No local, os militares encontraram a bisavó, que se comunicava apenas por uma portinhola (abertura no portão). Ela repetia que o bisneto não queria acompanhar a mãe. A idosa apresentou uma versão diferente à polícia: afirmou que o menino mora com ela desde os seis meses de idade e apenas visita a mãe esporadicamente.

A situação, porém, ganhou um contorno mais grave. Segundo o depoimento da bisavó, enquanto arrumava a mochila da criança para entregá-la, o menino teria mostrado um hematoma na perna e dito que recebeu “uma chinelada” durante o período em que esteve com a mãe. Esse relato fez a idosa buscar orientação do Conselho Tutelar e da Polícia Civil.

Apesar da suspeita, conforme a PM apurou no local, a bisavó não chegou a registrar um boletim de ocorcência formal sobre o suposto episódio de agressão. Mesmo assim, tomou a decisão de manter o portão fechado, impedindo a saída da criança com a mãe.

A guarnição atuou como mediadora no conflito familiar, ouvindo as partes. A decisão final sobre a guarda da criança e a investigação de eventuais denúncias de maus-tratos, no entanto, não compete à Polícia Militar. O caso foi orientado para que os envolvidos busquem a solução legal adequada junto às autoridades responsáveis, como o Conselho Tutelar e a Vara da Infância e Juventude, que poderão determinar os encaminhamentos necessários para garantir o bem-estar da criança.

A noite terminou com a criança permanecendo na casa da bisavó, e a mãe, sem conseguir levá-la para a viagem planejada, diante de uma situação que agora se desdobra em questões legais e de proteção à infância.

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Redação GNMT