O assassinato do médico Alan Carlos de Lima Cavalcante continua repercutindo em todo o país e ganhou novos elementos nesta terça-feira (18), após a Polícia Civil de Alagoas confirmar a apreensão de duas armas de fogo na residência onde ele morou com a ex-esposa, Nadia Tamyres, apontada como autora dos disparos.
O caso ganhou grande visibilidade depois que um áudio atribuído à filha do casal começou a circular nas redes sociais, contendo supostos relatos de abuso. A divulgação provocou forte comoção pública e levantou debates sobre violência doméstica, proteção infantil e responsabilidade criminal. Nas redes, muitos apontam que a mãe teria reagido ao tomar conhecimento das denúncias — porém, a motivação oficial do crime ainda não foi confirmada pelas autoridades.
Durante diligências realizadas na segunda-feira (17), equipes da Unidade de Atendimento de Local de Crime (UALC 3) tiveram acesso à antiga casa do casal com autorização da defesa da suspeita. No local, foram encontradas duas armas idênticas, sendo uma registrada em nome de Alan Carlos e a outra em nome de Nadia Tamyres.
Os armamentos foram recolhidos e encaminhados para o Instituto de Criminalística, onde passarão por exame pericial que deverá apontar qual delas foi utilizada no assassinato. O resultado da perícia é considerado fundamental para o andamento do inquérito.
A investigação formal está sob responsabilidade do delegado Everton Gonçalves, da Delegacia de Homicídios de Arapiraca.
Embora vídeos e relatos sigam se espalhando pela internet, a polícia reforça que ainda trabalha para esclarecer as circunstâncias da morte e verificar a autenticidade das denúncias relacionadas ao possível abuso contra a criança.
Especialistas alertam que casos envolvendo menores devem ser tratados com sigilo e responsabilidade, pois a divulgação de conteúdos sensíveis antes da conclusão das investigações pode causar danos irreversíveis.
As autoridades devem divulgar novas atualizações à medida que o inquérito avança.