O mês de outubro terminou com um avanço importante para as mulheres de Mato Grosso. A Assembleia Legislativa começou a analisar o projeto da deputada estadual Marildes Ferreira (PSB) que institui a Política Estadual de Prevenção, Diagnóstico Precoce e Controle do Câncer de Mama. O objetivo é garantir que as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento ocorram conforme determinam a lei e os protocolos médicos.
O câncer de mama é o tipo mais frequente entre as mulheres. Dados do Ministério da Saúde apontam que 248 mil brasileiras perderam a vida entre 2010 e 2024 por causa da doença. “São números de guerra, uma verdadeira tragédia. O mais triste é que muitas dessas vidas poderiam ser salvas se o diagnóstico e o tratamento houvessem ocorrido no tempo certo”, alertou Marildes.
A deputada, que já foi secretária municipal de Saúde de Rondonópolis e atua na área há muitos anos, convocou os deputados e a sociedade a abraçarem a proposta como um compromisso com a vida das mulheres mato-grossenses.
“O combate ao câncer de mama não pode ficar restrito ao ‘Outubro Rosa’. Precisamos de uma política permanente, com recursos e metas definidos. Estamos fazendo nossa parte na Assembleia e contamos com o apoio da a sociedade para escrever essa nova história”, disse Marildes.
O projeto unifica ações já existentes, como campanhas educativas, e regulamenta estratégias para o acesso ampliado à mamografia, ultrassonografia e exames de alta precisão. Também prevê o uso do ‘Mamóvel’ em programas itinerantes visando atender mulheres que moram em cidades mais distantes ou regiões de difícil acesso – como áreas rurais, indígenas e ribeirinhas.
Também ficam asseguradas com a nova política a capacitação de profissionais da atenção primária, o uso de telemedicina e outras tecnologias para agilizar o atendimento, monitoramento de dados e equipamentos públicos de diagnóstico e a criação de núcleos municipais para atuar na prevenção e diagnóstico precoce.
“A nossa meta é garantir mecanismos de gestão e controle para que todas as mulheres tenham acesso ao resultado dos exames em até 30 dias e, se necessário, iniciem o tratamento em até dois meses. Isso vai reduzir o sofrimento que vemos hoje e salvará muitas vidas”, destaca.
A proposta segue as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e será financiada com recursos estaduais, repasses da União, contrapartidas municipais, emendas parlamentares e convênios.