Foto: Lincoln Pradal/NDTV
Foto: Lincoln Pradal/NDTV

Polícia Civil deflagra operação contra fraude milionária em hospitais; prejuízo pode chegar a R$ 4 milhões

A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou, nesta sexta-feira (5), uma operação para desarticular um suposto esquema de corrupção envolvendo doações destinadas a hospitais filantrópicos do estado. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária nas cidades de Joinville, Florianópolis, Brusque e Blumenau.


Segundo os investigadores, a fraude, que já dura pelo menos quatro meses, pode ser a maior já registrada no setor hospitalar catarinense, com indícios dos crimes de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O prejuízo estimado chega a R$ 4 milhões.


Como funcionava o esquema


Empresas que atuavam como intermediárias entre entidades filantrópicas e a Celesc ofereciam a possibilidade de que consumidores fizessem doações na própria conta de energia elétrica. No entanto, parte significativa dos valores não chegava às instituições de saúde, sendo desviada pelos intermediários.


As investigações apontam que cerca de 8 mil unidades consumidoras foram prejudicadas. A Celesc, que não tinha conhecimento do uso de suas faturas para arrecadar doações, também figura como vítima.


Hospitais atingidos


Entre as instituições afetadas pelo desvio estão:

Hospital Misericórdia, na Vila Itoupava (Blumenau)

Hospital de Azambuja, em Brusque

Hospital Bethesda, em Joinville


Prisões e próximos passos


Três empresários foram presos em Joinville. As prisões são temporárias, mas podem ser convertidas em preventivas.


O delegado regional de Joinville, Rafaello Ross, explicou que a apuração teve início após denúncia e confirmou que os recursos destinados às entidades foram desviados pelas empresas investigadas:


“Identificamos possível crime de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro referente ao desvio de recursos que deveriam ir para entidades hospitalares e acabaram sendo apropriados por essas empresas”, afirmou.


A Polícia Civil segue analisando documentos e materiais apreendidos para ampliar o alcance da investigação.

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Redação GNMT